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Enquanto Paul Harris cobria, na Universidade de Vanderbilt em Nashville, Tennessee, aquilo que considerou uma das boas notícias no desenvolvimento deste tipo de cirurgias, captou o momento em que o bebê tirou sua mão pequena do interior do útero da mãe, tentando segurar um dos dedos do doutor que estava a operá-lo.
A espetacular fotografia foi
publicada por vários jornais nos Estados Unidos, e cruzou o mundo até chegar à
Irlanda, onde se tornou uma das mais fortes bandeiras contra a legalização do
aborto. A mão pequena que comoveu o mundo pertence a Samuel Alexander Armas,
nascido a 2 de dezembro de 1999 (no dia da foto ele tinha 21 semanas de
gestação). Quando pensamos bem nisto, a foto é ainda mais eloquente. A vida do
bebê está literalmente por um fio; os especialistas sabiam que não conseguiriam
mantê-lo vivo fora do útero materno e que deveriam tratá-lo lá dentro, corrigir
a anomalia fatal e fechá-lo para que o bebê continuasse seu crescimento
normalmente.
Por tudo isto, a imagem foi
considerada como uma das fotografias médicas mais importantes dos últimos tempos
e uma recordação de uma das operações mais extraordinárias efetuadas no mundo.
A história por trás da imagem
é ainda mais impressionante, pois reflete a luta e a experiência passadas por um
casal que decidiu esgotar todas as possibilidades, até o último recurso, para
salvar a vida do seu primeiro filho.
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Essa é a odisséia de Julie e
Alex Arms, que moram na Geórgia, Estados Unidos. Eles lutaram durante muito
tempo para ter um bebê. Julie, enfermeira de 27 anos de idade, sofreu dois
abortos antes de ficar grávida do pequeno Samuel. Porém, quando, completou 14
semanas de gestação, começou a sofrer câimbras fortes, e um teste de ultrassom
mostrou as razões. Quando foi revelada a forma do cérebro e a posição do bebê no
útero, o teste comprovou problemas sérios.
O cérebro de Samuel estava mal-formado e a espinha dorsal também mostrou anomalias.
O cérebro de Samuel estava mal-formado e a espinha dorsal também mostrou anomalias.
O diagnóstico, como já era
esperado, foi de que o bebê sofria de espinha bífida e eles poderiam decidir
entre um aborto ou um filho com sérias incapacidades.
De acordo com Alex, 28 anos,
engenheiro aeronáutico, eles sentiram-se destruídos pelas notícias, mas o aborto
nunca seria uma opção. Em vez de se deixar ir abaixo, o casal decidiu procurar
uma solução pelos seus próprios meios e foi então que ambos começaram a procurar
ajuda através da Internet. A mãe de Julie encontrou uma página que trazia
detalhes de uma cirurgia fetal experimental desenvolvido por uma equipa da
Universidade de Vanderbilt. Deste modo, entraram em contato com o Dr. Joseph
Bruner (cujo dedo Samuel segura na foto) e começou uma corrida contra o tempo.
Uma espinha dorsal bífida pode
levar a danos cerebrais, gerar paralisias diversas e até mesmo uma incapacidade
total. Porém, quando pode ser corrigido antes de o bebê nascer, muitas são as
chances de cura. Apesar do grande risco por o bebê não poder nascer ainda
naquele momento, os Arms decidiram recomendá-lo a Deus. A operação foi um
sucesso. Nela, os médicos puderam tratar o bebê, cujo tamanho não era maior do
que o de um porquinho da índia - sem o tirar do útero, fechar a abertura
originada pela deformação e proteger a coluna vertebral de modo a que os sinais
vitais nervosos pudessem ir agora para o cérebro.
Samuel tornou-se o paciente
mais jovem que foi submetido a esse tipo de intervenção e é perfeitamente
possível que um dia Samuel Alexander Armas aperte novamente a mão do médico
Bruner.
Samuel nasceu numa
quinta-feira, 2 de dezembro, às 18:25 h no Northside Hospital, após 35 semanas
de gestação, e foi para casa no dia 6 desse mesmo mês.
http://forum.outerspace.terra.com.br/showthread.php?t=127048